Tucano está apoiando a campanha Agosto Lilás, cujo foco é o enfrentamento à violência contra as mulheres. Por meio da Secretaria Municipal de Ação e Desenvolvimento Social, durante todo o mês serão realizadas diversas ações para esclarecer a população quanto as diversas formas de violência – seja moral, física, sexual, psicológica ou patrimonial. Além disso, a rede de apoio às vítimas de agressão também está sendo fortalecida para garantir os cuidados e acompanhamentos necessários.

“Nós queremos e precisamos fomentar o acolhimento às mulheres que passam por alguma dessas situações e que, às vezes, nem percebem o caso como sendo uma violência. Agosto é um mês simbólico nesse sentido, pois chama atenção para a causa – que, infelizmente, perdura por todos os meses. Esse ano, em especial, comemoramos os 15 anos da Lei Maria da Penha, por isso não podemos deixar passar em branco uma campanha tão importante” afirma a titular da pasta, Neila Damasceno.

A campanha Agosto Lilás foi idealizada pela Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM) do estado do Mato Grosso do Sul, em 2016. Por conta da sua abrangência, diversos outros entes federativos também aderiram ao movimento que, desde então, tem sido uma grande medida de apoio às mulheres. A campanha estimula diversas iniciativas que buscam conscientizar e sensibilizar a sociedade, elaborando estratégias para a redução da violência sofrida pelo gênero.

No município, algumas das atividades já organizadas são entrevistas com especialistas do tema em programas de rádio. Na quinta-feira (12), no matinal Tucano Verdade, às 11h, o assunto abordado será o feminicídio com a participação da advogada Vanessa Meireles. Já na segunda-feira (16), no programa Vozes da Educação, às 17h, membros do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) estarão no ar falando sobre a importância da campanha para o público tucanense. Os programas são veiculados na Tucano Fm (91.5).

Estatísticas e rede de apoio

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Datafolha, estima-se que, no Brasil, durante a pandemia, a cada quatro minutos uma mulher sofre algum tipo de agressão – em sua maioria, física, dentro de suas próprias casas. 60% dessas mulheres têm filhos.

Em Tucano, a rede de apoio é formada pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), pelo CREAS, pelo Conselho Tutelar, pela Guarda Civil Municipal (GCM) e pela Polícia Militar. Cada órgão atua de forma específica, seja com foco na prevenção de casos, no controle de flagrantes ou suporte às vítimas.

A violência, na maioria das vezes, inicia-se de forma sutil e avança para estágios mais integrados, tornando-se, assim, mais nociva. Cada um dos tipos de agressão provoca consequências graves e, muitas vezes, fatais.

A violência psicológica, por exemplo, compromete a autoestima da mulher e seu desenvolvimento. É qualquer tipo de postura que lhe cause dano emocional e busque controlar seus comportamentos e decisões, como ameaças e manipulação.

Assim como a violência psicológica, a violência moral também inflige a maneira de se comportar da mulher, sendo condutas de desvalorização pela forma de se vestir, calúnia, difamação, exposição ao público e acusação de adultério.

A violência sexual é uma das mais brutalmente exercidas. É qualquer ação que force a mulher a participar ou presenciar relações sexuais indesejadas, mediante algum tipo de ameaça, ou até outras consideradas mais sutis, como impedir o uso de contraceptivos.

Em se tratando da violência física, considera-se agressão qualquer ataque à saúde corporal da mulher, como espancamento, sufocamento, lesões com objetos cortantes, queimaduras e até o assassinato – conhecido como feminicídio.

Já a violência patrimonial entende-se como qualquer conduta que destrua, parcial ou totalmente, objetos pessoais e documentos da vítima. É também aquela que venha a controlar os recursos financeiros da mulher ou que venha a não efetuar o pagamento de pensão alimentícia, dentre outras atitudes.

Os casos de agressão podem ser denunciados por meio de diversos canais, sendo eles o número 180 (Central de Atendimento à Mulher), Disque 100 (serviço de denúncias e proteção contra violações de direitos humanos), 190 (Polícia Militar) ou 153 (Guarda Civil Municipal).

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