Este mês é conhecido pela campanha nacional Setembro Amarelo – movimento que visa combater o suicídio. Desde 2014, a iniciativa atua na conscientização sobre como oferecer o devido apoio às pessoas que, por algum motivo, pensam em atentar contra a própria vida. Outro ponto abordado na campanha é a atenção para os altos índices de casos registrados, não apenas no Brasil, mas também ao redor do mundo.
De acordo com o site oficial do Setembro Amarelo, cerca de 12 mil suicídios acontecem anualmente no país. As causas mais comuns para o ato estão relacionadas à depressão, transtorno bipolar e ao abuso excessivo de substâncias químicas. Outro dado importante, dessa vez apontado pelo Ministério da Saúde, é que a maioria das vítimas no Brasil são jovens negros, do sexo masculino, entre 10 e 29 anos.
“Os números fazem um alerta. Muitas vezes as situações podem ser prevenidas e estão bem ao nosso lado. Precisamos observar mais como as pessoas ao nosso redor se sentem e exercer a empatia. Só assim poderemos oferecer o cuidado e tentar ajudar na diminuição dos registros” diz a Secretária Municipal de Saúde, Denise Correia.
Ações
O município de Tucano apoia o movimento Setembro Amarelo e reforça a rede de apoio psicológico à população. “O Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), são importantes instrumentos que podem auxiliar na prevenção e suporte às pessoas que estejam enfrentando pensamentos suicidas”, ressalta a Secretária Municipal de Ação e Desenvolvimento Social, Neila Rosa.
Durante o mês, ações de conscientização tem sido realizadas nos Postos de Saúde da Família (PSFs) de todo o município, bem como nas unidades do CRAS e CREAS. As palestras e rodas de conversa fomentam debates sobre as causas que podem levar ao suicídio e como prevenir essas situações. Para a psicóloga do programa Melhor em Casa, Luana Reis, as pessoas devem estar conscientes de que a dor e a angústia são momentâneas e que a morte não é a solução.
“Seja qual for a causa dos pensamentos que levam a atitudes extremas, ela pode ser tratada em vida. Cuidar da saúde mental é essencial nesse processo. Ter o apoio e acompanhamento de psicólogos, psiquiatras, em conjunto a hábitos saudáveis, faz com que nosso corpo e nossa mentem trabalhem de forma mais positiva. Viver é o bem mais precioso que temos e isso deve ser preservado” enfatiza a psicóloga.
O tema nas escolas
Pensamentos conflituosos podem surgir em qualquer momento da vida, até mesmo durante a infância. Estar atento ao comportamento das crianças e às suas falas é importante para identificar e remediar situações extremas. Professores(as) e demais profissionais da Educação possuem grande papel nesse sentido, já que trabalham direta e constantemente com as crianças.
“Muitas vezes, são os professores ou profissionais das escolas que identificam uma mudança no comportamento do aluno. Eles, então, fazem os devidos encaminhamentos à rede de apoio e alertam as famílias também. Elas, inclusive, devem oferecer um ambiente propício ao diálogo e ao acolhimento” pontua a Secretária Municipal de Educação, Gerusa Araújo.